quinta-feira, 7 de abril de 2016

Sun House

A Gold Coast é um lugar que não poderíamos deixar de ter as nossas pranchas. Como nos outros lugares, haviam muitas surfshops, mas teríamos que achar alguma com o mesmo espirito do nosso trabalho, da mesma forma que fizemos nas outras cidades. Mais uma vez a dica do Grant Newby foi certeira. Sun House! Grant pediu para falarmos com Justin, o proprietário. Chegando ao local encontramos ele, apresentamos os produtos e recebemos uma aceitação quase imediata. Talvez pela recomendação do Grant. Coincidentemente, o Justin já esteve em Florianópolis, então também estava iterado da presença do surf na cidade. 



Mau Zeilman, patrocinado pela empty, e residente em Burleigh Heads, nos ajudou no contato.





sábado, 26 de março de 2016

The Shop Next Door

Voltamos para Umina Beach para organizar algumas coisas e em seguida fomos passar dois dias em Manly, na casa da minha prima, aproveitando a trip para divulgar as pranchas e skate. Perguntei ao Grant Newby se ele conhecia algum lugar que poderiam curtir nossas pranchas e ele indicou apenas um lugar: "The Shop Next Door". Descendo o mapa, circulamos os rios até chegar a Narrabeen e continuar descendo, passando por cerca de 6 praias até chegar em Manly. Parei no costão esquerdo de Narrabeen para ver o mar e logo que desci do carro, ou vi um cara falar: "Nice boards mate!", referindo-se ás pranchas que estavam no meu rack. Olhei bem... era o Matt Chojnacki. Bizarra coincidência! Quais as chances de cruzar com o cara neste litoral gigante, num dos milhares de estacionamentos das praias a mil quilômetros de Noosa?

Matt Chojnacki

O cara foi campeão do Noosa Festival of Surfing, que participamos no começo do mês. Vi o cara algumas vezes no festival mas eu não consigo ter essa atitude de fã, que vê o cara e vai em cima importunar. Surfei perto dele na época do campeonato, o cara é um dos melhores do mundo. 


Conversamos por um bom tempo no estacionamento em Narrabeen, ele mostrou suas pranchas, incríveis, e conversamos sobre o meu trabalho e sobre o documentário que ele estava finalizando. Ele testou algum dos nossos skates e emprestei um dos meus Slalom 22" para ele ficar algumas semanas, já que eu tinha mais alguns em Umina.





Voltando ao assunto: fiz a mesma pergunta sobre algum lugar legal para mostrar as pranchas, e o Matt deu a mesma dica: The Shop Next Door. Eu já seguia esta loja no instagram e há um detalhe da loja que me agrada: Uma parede com medidas de prancha onde o pessoal da loja faziam fotografias das pranchas novas e fotos dos clientes com as pranchas vendidas. Simples, mas sempre me chamou a atenção.


Chegando em Manly, eu e meu primo Omer, fomos na loja e conhecemos o Taylor e a Emilie, responsáveis pela loja. O feedback do Taylor não poderia ser melhor. Deixamos um long, uma mini-simmons e um skate long 60 polegadas. A loja realmente era incrível e pude entender o por que das indicações para eu deixar meus produtos por lá. Ficamos por mais de 3 horas conversando com o Tyler e descobrimos inclusive alguns amigos em comum de Florianópolis. Ele me perguntava: "Are you manézinho?", termo local para quem nasce em Florianópolis.




Taylor Eaton e Omer

A loja tem três setores: Um café, um estoque de pranchas e uma parte com loja e mais pranchas.

Algumas relíquias 

Apenas neste mês conheci várias pessoas, que mesmo vivendo do outro lado do mundo, têm tanto em comum comigo, que impressiona. 

 
 


Obrigado Omer e Lú pela hospedagem e por nos mostrar um pouco da região que é espetacular.





domingo, 20 de março de 2016

Tanya Muscat

Eu ainda estou tentando organizar os fatos na minha cabeça pois conheci lugares e pessoas que acompanho a muitos anos, apenas de forma virtual. É natural criarmos uma imagem na nossa cabeça de como é o lugar, de como são as pessoas. Felizmente tudo que eu encontrei pela frente, nestas poucas semanas, me surpreenderam de forma positiva, mesmo quando a minha imaginação, de forma involuntária, criava conceitos mesmo antes de conhece-las. Fui muito bem tratado e bem recebido em todos os locais, e fiquei tentando avaliar isto. As pessoas me tratavam como velhos amigos.

Num dos dias em Noosa, estava eu sentado vendo o campeonato, quando alguém me chamou pelo sobrenome. Olhei para trás, reconheci imediatamente: Tanya Muscat!

A Tanya é fotografa, local de Noosa Heads (Instagram @photonoosa). Eu acompanhava suas belas fotos de Noosa a bastante tempo e lembro de ter trocado algumas palavras com ela sobre a minha vontade de um dia surfar essa onda, apesar de achar que nunca aconteceria. Há alguns meses, quando publiquei no instagram, informações referente a minha vinda para Austrália, ela comentou algo como: "finalmente seu sonho irá se realizar". Não acreditei que ela lembrou. Eu mal lembrava de ter dito isto a ela.


Conversei com ela por algum tempo e infelizmente não voltei a encontra-la no evento nos dias seguintes. Falei que eu iria para água após a nossa breve conversa, e ela fez questão de fazer alguma foto minha na água. A crowd estava grande em First Point, mas ela capturou uma imagem que vou guardar com carinho, também por ter sido a primeira vez que surfei em First Point apos o termino das baterias do dia.

A Tanya é a simpatia em pessoa. Realiza seu trabalho com muita motivação, vibrando com as boas ondas, como se fosse a primeira vez que estivesse fazendo aquilo. Mesmo me conhecendo há poucos minutos, nos convidou para, numa próxima oportunidade, ficar na sua casa. A confiança que as pessoas tem umas nas outras por aqui é algo fora da nossa realidade. Obrigado Tanya!


Grant Newby

Há alguns anos, logo que comecei a fazer as primeiras pranchas de madeira, recebi um email do Grant Newby, solicitando informações do meu trabalho para publicar no seu blog. Grant é organizador de alguns eventos aqui na Austrália, como o The Alley Fish Fry e o Wooden Surf Boards Show & Ride. São encontros de entusiastas e fabricantes de pranchas Fish, no primeiro caso, e pranchas de madeira no segundo.

Ano passado, meu amigo Tiago Miotto levou uma das nossas Fish para este evento e conversou com Grant, Tom Wegener entre outros. Grant fazia parte da lista de pessoas que eu era obrigado e encontrar aqui na Austrália. Ele é um dos maiores desenvolvedores de projetos alternativos de pranchas de madeira. É o criador do projeto das pranchas de madeira da Firewire. Um dos maiores estudiosos do assunto.

Estava retornando de Noosa com pouco tempo e achei melhor contacta-lo na próxima vez que passássemos pelo Gold Coast, com o Tiago. Coincidentemente Grant viu uma foto nossa no instagram e, sabendo que estávamos na Austrália, imediatamente entrou em contato para nos encontrarmos. Convite irrecusável, então conseguimos nos encontrar a noite, apenas para uma pequena conversa já que no dia seguinte eu iria retornar à Umina Beach, Central Coast, numa viagem de 10 horas.

Foi o suficiente para conversarmos bastante sobre processos e novos projetos. Grant me mostrou várias das suas criações e compartilhou 100% dos seus projetos e conhecimentos, tentando me explicar o máximo possível. Combinamos de, na próxima oportunidade, passar um dia com as pranchas de madeira na praia para testes e avaliações. Obrigado por nos receber tão bem na sua residência e fábrica, e também pela cerveja! 

Fotos: Jhiese Rodrigues





 Uma prancha do espanhol Sergi, da Flama Surfboards




 Mostrando uma das nossas Siebert 9'6"

 


quarta-feira, 16 de março de 2016

Visita à fábrica do Tom Wegener



Na última segunda-feira finalmente pude conhecer a fábrica do Tom. Eu vi este local por milhares de vezes no filme Lines From a Poem, do Nathan Oldfield, e para mim era algo tão espetacular e distante, que jamais pensei que um dia eu pudesse estar ali, ao lado do maior shaper de pranchas de madeira a nível mundial. Além de um grande artista, é uma pessoa espetacular. Figura simpática e simples, assim como sua família, que nos tratou como velhos amigos.

Há quase 10 anos eu troquei alguns emails com o Tom e mostrei alguns dos meus trabalhos. No último ano, meu amigo Tiago Miotto encontrou o Tom Wegener no Wooden Surfboard Show & Ride, em Currumbin, e mostrou uma das nossas Fish e comentou um pouco mais sobre o meu trabalho.

Por duas vezes vi a van do Tom aqui em Noosa mas não tive a oportunidade de encontra-lo. Acabei cruzando com ele na volta da trilha de Tea Tree e depois conseguimos nos encontrar com um pouco mais de tempo durante o evento e marcamos para eu visita-lo:


 Conversando sobre as técnicas utilizadas nas minhas pranchas.

As primeiras técnicas empregadas por Tom. 

Várias árvores frutíferas, entre outras.  




Suas primeiras Alaias. 

Quantas vezes eu vi esta prancha em fotos e vídeos. 


12 pés? 

Espero conseguir surfar com ela quando voltar para Noosa mês que vem. 

A aranha de estimação que mora nas flores da parede. 


Estávamos aguardando o Sr. Wegener preparar a janta quando, sem aviso, surge na porta Nathan Oldfield! Renomado videomaker autor de filmes que vi por mais de 50 vezes. Chegou com duas belas cervejas artesanais e conversamos um pouco sobre seus filmes, idiomas, curiosidades sobre o Brasil, entre outros assuntos. Antes disso, Tom havia me contado sobre sua primeira experiência no Brasil, quando visitou o país, ainda jovem, com seus pais: voltando de uma praia no Rio de Janeiro, com 15 anos, foi abordado pela policia que, com grande dificuldade, explicou que ele seria preso por roubar uma prancha de dois rapazes cariocas que haviam chamado a polícia. Detalhe, a prancha era do Tom e ele demorou um pouco para assimilar a bizarra situação. Coisas do Brasil.

Nathan, obrigado pelo filme, pela camiseta e pela mensagem! Espero poder retribuir em breve.

 Thank you Tom!

Novo filme The Heart & The Sea

Carne com batatas, cebola e alho. Excelente! Obrigado Tom, Margie, Sunday e Fin

Algumas antigas "Alaias" que Tom trouxe de Papua-Nova Guiné.

Agradecimento especial ao amigo e representante da Siebert Austrália, à Fernanda e Afonso, e aos novos amigos Dani e Rodrigo Ferrari, da Tapioca Gourmet de Noosa, que nos receberam nestes dias em Noosa Heads.

Fotos: Jhiese Rodrigues